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O Anãozinho de Jardim

Livros e Desvarios

O Anãozinho de Jardim

Livros e Desvarios

A Série Atlantis - de Gena Showalter

HRM, 25.03.15
Para os fans da autora Gena Showalter, devo dizer que a saga Lords of the Underworld/ Senhores do Submundo não é a única colecção interessante.

Da mesma autora temos também os livros da série Atlantis cuja acção tem lugar na mítica cidade da Atlântida.

Esta é uma série composta por 5 livros, pela seguinte ordem e a saber:

1. The Heart of the Dragon;
 
2. The Jewel of Atlantis;
 
3. The Nymph King;
 
4. The Vampire's Bride;
 
5. The Amazon's curse;
 
Cada um deles oferece-nos a perspectiva  das facções mais importantes que fazem parte da cidade da Atlântida, mostram-nos as suas relações atribuladas com o mundo da superfície, do qual nunca poderão fazer parte porque os Deuses - malvados - os consideram como aberrações e por isso os enterraram no fundo do mar onde ninguém os poderá encontrar.
 
 Ora, então o que é que eu gostei nesta série?
 
1º Os Deuses, importados da Mitologia Grega, continuam tão malvados como na Saga dos Senhores do Submundo.
 
2º O conceito de aberração é divinal. Com estas "aberrações" eu também conseguiria viver muito bem.
 
3º A impetuosidade da curiosidade humana que, não só demonstra, que nada pode ficar enterrado por muito tempo, como também, testa os limites da resistência das "aberrações" sobre-humanas.
 
Portanto, para quem nunca leu esta série, leiam porque está muito gira e não fica - em nada - atrás da Saga dos Senhores do Submundo.

Do silêncio

HRM, 21.03.15

Bem sei que devem estar a pensar que ando muito calada ultimamente mas, de vez em quando acontece.

Não é que não tenha nada sobre o que escrever. Até tenho, afinal já acabei de ler o livro sobre o Torin há algum tempo só que... ainda estou a pensar no que dizer sobre o mesmo. Penso que, se calhar, tinha demasiadas expectativas em relação ao mesmo e a coisa acabou por não correr grande coisa. No entanto criou-me ainda mais curiosidade em relação à história do William.

Não sei se é bom, se é mau darmos por nós mais curiosas em relação às personagens secundárias do que em relação às personagens principais. Mas enfim, são coisas que acontecem.

As 5 coisas que mais adorei no The Darkest Craving/Desejo mais Sombrio - Livro 10

HRM, 13.08.13
Pois é verdade, uma pessoa estica, estica, estica mas o que é bom, normalmente, acaba depressa e depois temos de ficar à espera do próximo. Enfim, é a vida.
 
Como já tinha tido oportunidade de referir no post intitulado "The Darkest Craving (Sem trad. para português ainda) - Livro 10" (mas que tem tradução para português do brasil), o livro é sobre o Guardião do Desastre, Kane e se quiserem ler uma ou outra review é uma questão de pesquisarem no Google, porque já há imensas disponíveis por aí. Eu já li o livro, acho que está mesmo muito giro, inclusive creio que está até muito melhor do que o livro sobre o Paris (que é o The darkest seduction/ A sedução mais escura), e ficamos a conhecer muito melhor uma personagem que - tal como o próprio vai reiterando ao longo da sua história - é sempre deixada para trás por ser um desastre.
 
Neste décimo livro há cinco coisas que adorei em absoluto e desta vez vou mesmo hierarquiza-las porque têm uma ordem de preferência. Assim sendo, quais são estas 5 coisas que eu amei?


 
1º A descrição do quarto do Torin.
 
O Torin, o Guardião da doença, é - de longe - o meu menino favorito (ainda que logo seguido pelo William e pelo Paris). Foi marcado logo no primeiro livro, ia me dando uma sincope cardíaca quando quase lhe cortam a cabeça (o que me pôs a chamar nomes feios à autora), e desde então é o meu menino (não me perguntem porquê, não sei, eu só vejo qualidades no rapaz e espero que lhe arranjem uma mocinha à altura porque a cena de quase lhe cortarem a cabeça ainda me está um bocado atravessada na garganta!)... bom... adiante... a descrição do quarto do Torin apanhou-me um bocado de surpresa. Normalmente, a autora vai descrevendo os quartos de cada um dos personagens à medida que vai contando as histórias deles, mas nunca tinha sido muito específica acerca dos aposentos Torin. Sabíamos que havia computadores e tecnologia a dar com pau, mas pouco mais.
 
Confesso que eu pensava que, como o rapaz tem tanto cuidado com tudo o que faz por motivos inerentes ao seu demónio, ele era super-arrumadinho e organizadinho mas afinal não é bem assim. Não é arrumadinho, não é organizadinho e acreditem... não há nada que me deixe mais doida (no sentido de fula), do que ver garrafas de cerveja ou de outra coisa qualquer espalhadas pela mesa do computador e pelo chão. A roupa ainda vai, agora as garrafitas... tiram-me do sério. E como é que eu sei disto, perguntam-me vocês? Porque sou casada com um menino assim... e que por acaso também tem olhos verdes e tudo. Por isso, como podem ver, achei esta descrição estranhamente familiar.
 
2º O William.
 
Eu já concluí que é impossível não se gostar do Willy e portanto nem sequer vale a pena resistir-lhe. A descrição da relação de amor/ódio que ele tem com os 4 cavaleiros do apocalipse, que são "filhos" dele é absolutamente deliciosa. A forma como ele distorce tudo o que lhe dizem a seu favor é brilhante. O Kane chama Tinker Bell à sua namorada, o William chama-lhe Tinker Hell. O Kane diz que a sua namorada se chama Josephina, o William diz-lhe que se chama "Ivanna B. Withwilly" (Nota: não faço a menor ideia de como é que traduziram ou traduzirão estes trocadilhos da língua inglesa para o português, mas tenho a certeza absoluta que não é nada fácil). 
 
Por outro lado, sabemos também - desde o 2º livro - que o William é uma personagem altamente inteligente e que por trás de todas as suas brincadeiras e comportamento egoísta, ele tem um bom coração e faz o que pode para ajudar. Mais para o final do livro, ficamos a conhecer um William transtornado e dilacerado por perder a sua "filha" (que é um dos 4 cavaleiros do apocalipse). Isto causa alguma impressão porque nos mostra um William a que nós não estamos habituados e ficamos um bocado de boca aberta sem saber o que dizer ou o que pensar.
 
3º O Kane.
 
O Kane é a estrela do livro. É uma estrelinha que nós praticamente não conhecemos até chegarmos a este episódio e devo-vos dizer que é uma pena, porque ele é - efectivamente - um querido e um fofo ainda que constantemente acompanhado pelo desastre. Ele é uma personagem que, por muito que goste dos seus amigos, guarda muito ressentimento por ser sempre aquele que é deixado para trás. Por um lado ele compreende por que é que é assim, mas isso não quer dizer que não se ressinta. É muito giro assistir à evolução desta personagem e digo mais, é uma personagem muito bonita e extraordinariamente interessante.
 
4º Da aflição do Torin.
 
Ok, não é muito bonito a malta dizer que gosta da aflição dos outros mas eu sou portuguesa e como nós abrimos sempre excepções para tudo, para quê contrariar a natureza?
 
No livro 9 - The Darkest Seduction / A sedução mais escura - este meu fofo lindo faz um pacto com o Cronus (Nota: fazer pactos com quem quer que seja é sempre mau). O Torin guarda a chave do rei dos Titãs e em contrapartida o Cronus permite-lhe passar 24 horas com uma menina que o Torin possa tocar sem provocar uma pandemia. Ora qual é que é o problema disto? Como o rapaz passa mais tempo em frente ao computador do que, propriamente, a fazer outras coisas não leu as letrinhas miudinhas do contrato e o tiro saiu-lhe pela colatra. Ainda que o mundo esteja a salvo de uma pandemia provocada por esta coisinha linda, a rapariga não e isso deixa-o num grande desespero. E agora, para saber como é que isto vai acabar temos de esperar pelo próximo livro.
 
5º Dos 4 cavaleiros do apocalipse.
 
Por incrível que pareça, adorei os 4 cavaleiros do apocalipse. São 3 meninos e 1 menina lindíssimos apesar de mentalmente pouco sãos. Enfim, todos temos os nossos problemas e eles lá terão os deles. São eles: O vermelho, o preto, o verde e a branca. Se preferirem o Kane chama-lhes "rainbow rejects" e são os miúdos do William. São infantilmente cruéis mas, adoráveis e a relação deles com o "pai" é giríssima. Espero sinceramente que continuem a aparecer.
 
E pronto. Estas são as minhas 5 coisas favoritas acerca deste livro. Agora, não há outro remédio senão ficar à espera do próximo.      

Strider - Senhores do Submundo - A Rendição mais Obscura (The Darkest Surrender) - Livro 8

HRM, 09.08.13
Ora bem, como já devem ter reparado eu não sigo nenhuma ordem especial quando falo destes livros. Aliás, na realidade, eu nem sequer falo do livro em si porque a intenção não é fazer um book review. Existem inúmeros book reviews sobre cada livro desta colecção, tanto em Português como em Inglês, e quem tiver interesse rapidamente os encontra espalhados por aí na internet. Normalmente, o que mais me atrai em qualquer obra é a força das personagens, o seu desenvolvimento, a sua natureza e a forma como esta é explorada. Na minha óptica, quando existe uma boa personagem, a história escreve-se a si própria sem ser necessário criar momentos artificiais. E é isso que, na minha opinião, acho que acontece nestes livros, independentemente, dos estereótipos e das situações descritas.
 
Assim sendo, a prenda de hoje é o "piqueno" Strider... quer dizer... isto dito desta forma pode, eventualmente, induzir em erro mas adiante... o que eu quero dizer é que vamos falar do Strider e não do pequeno apêndice que o acompanha... bom, é melhor ficar por aqui antes que a conversa descambe.
 
Quem é então este belíssimo rapaz?
 

Este moço loirinho, de 1,96 m e olhinhos azuis é o Guardião da Derrota e consorte da harpia Kaia (é caso para dizer que, efectivamente, há harpias com sorte). A história dele é contada no oitavo livro da série intitulado A Rendição mais Obscura (The Darkest Surrender). Devido à natureza do demónio que alberga este nosso "piqueno" tem de ganhar todos os desafios que lhe fazem. Se perder, sofre dores atrozes durante dias o que o deixa incapacitado.
 
Apesar de não ser um dos meus favoritos (porque ficou em 4º lugar e eu só podia escolher 3), é uma personagem com um excelente sentido de humor. Ainda que atormentado q.b. pelo seu demónio, não é dos que mais anda a chorar pelos cantos da casa e por falar em casa... *sorrisinho safado e maléfico*... era o tipo de rapaz que me dava muito jeito ter lá em casa, exactamente, por causa do seu demónio. Notem, o embrulho também é muito apelativo e tenho a certeza que me ocorreriam diversas formas de utilização, mas aquele demóniozinho tem um potencial extraordinário para a realização de tarefas domésticas.
 
Vejam bem, além dos homens de 1,96 m serem fantásticos para trocarem as lâmpadas dos candeeiros de tecto sem ser preciso ir buscar o escadote, se viessem com o bónus do demónio da derrota era uma espécie de paraíso na terra!
 
Imaginem só:
 
Lavar a loiça do jantar.
 
"Queridoooooo... fofinhooooo... Aposto que não consegues lavar aquela loiça toda numa hora." e zuca! Lá saía o rapaz disparado para a cozinha (Nota: pronto, convém dar assim um tempo razoável para completar a tarefa com sucesso que é para não o deixar incapacitado, senão lá nos saía o tiro pela colatra).    
 
Jantar fora.
 
"Amoreeeeeeeeeee.... lindooooooo.... Aposto que não me consegues levar a jantar ali a um restaurante no Lx Factory." e zuuum! Lá íamos nós a correr para o Lx Factory (Nota: Claro que nestas coisas convém especificar os locais onde queremos ir jantar, senão ainda acabamos no McDonalds ou no Pizza Hut).
 
Discussões.
 
"Estúpido! Aposto que não consegues trancar-te na dispensa e ficar calado durante 5 horas!"
 
Já viram, um rapaz destes nas mãos de uma pessoa criativa - como eu - era uma coisa linda. A minha casa estaria sempre arrumadinha. Fantástico.
 
É claro que um dos grandes ressentimentos do nosso "piqueno" Strider é, exactamente, a utilização indevida do seu demónio para fins mais... vá... lascivos, mas eu confesso que simpatizo muito mais com a ideia das tarefas domésticas. 
 
Et voilá, este é - em poucas palavras - o nosso amigo Strider.
 

Galen - A personagem que ninguém fala

HRM, 08.08.13
Estava aqui às voltas, a pensar sobre quem é que ia escrever hoje e de repente ocorreu-me que nunca ninguém fala do Galen. Pesquisei na internet à procura de coscuvilhices e tudo, mas nada. Ninguém quer saber dele. Tudo bem que o rapaz tem uns quantos problemas mal resolvidos e todos os Senhores estão-lhe com um pó desgraçado, mas daí até se tornar invisível vai um bocadinho.
 
Assim sendo, vamos lá dar o nosso contributo para acabar com a censura ao rapaz... o moço até é bonito e tudo! É bem constituído, charmoso, loirinho, cabelito comprido, olhito claro é, basicamente, lindo de morrer. Até tem umas asinhas de anjo! Viagens aéreas à borla e a qualquer hora do dia, o que mais é que uma pessoa pode querer? 


É claro que não há bela sem senão, nem ying sem yang. O embrulho e o laçarote são fantásticos, dá vontade de descascar o presente à dentada mas... pronto... os brindes que estão lá dentro (sim, brindes, plural) é que são de manuseamento complicado. O Galen dá-se a conhecer no terceiro livro da saga dos Senhores do Submundo (The Darkest Pleasure/O Prazer mais obscuro), se a memória não me falha, e é o Guardião de dois demónios. A esperança e o ciúme. Por isso, como devem calcular, se albergar um demónio já incomoda muita gente, albergar dois incomoda muito mais e se a isto juntarmos traços de um carácter duvidoso, temos o caldinho montado.
 
Quando tudo começou, Galen era um dos guerreiros imortais da guarda chefiada por Lucien e à medida que a história vai avançando, começamos a compreender que ele tem muita responsabilidade no evento que conduziu à morte de Pandora, à libertação dos demónios, ao desaparecimento da caixa e consequente castigo de todos os envolvidos. Obviamente que quando os outros 12 rapazes (e rapariga, porque a Cameo é menina), descobrem a traição de Galen pois claro que ficaram um bocado aborrecidos. Todavia, como entretanto o rapaz bate em retirada estratégica e desaparece do mapa, os outros assumem que ele tenha morrido... até aparecer o livro 3 que os põe a espumar da boca.
 
E agora, porque é que o Galen põe os nossos "piquenos" todos malucos e à beira de um colapso nervoso? Simples. É que para além de lhes ter tramado a vida há milhentos anos atrás, agora é o líder dos caçadores e está empenhadíssimo em acabar com a vidinha dos nossos meninos.
 
Como se isso não bastasse, Galen é também o pai de Gwen que, por sua vez é a mulher de Sabin (o Guardião da Dúvida), e que tem uma vontade olímpica de arrancar a cabeça ao sogro. Ora, devo confessar que acho que esta relação sogro/genro tem muito potencial e merecia ser explorada.
 
Outra relação também digna de ser explorada é a de Galen com Legião (a "filha adoptiva" de Aeron)... Extrapolando: Se Galen, não morrer entretanto, e ficar com a Legião então temos a Legião como madrasta de Gwen e "sograsta" de Sabin, o que vai causar mais dores de cabeça ao Aeron...
 
...Caramba! Daqui a pouco isto parece a Hora das Bruxas da Anne Rice.  

Os anjinhos safados de Gena

HRM, 07.08.13
Tinha-me prometido a mim mesma que só escreveria um post por dia mas, normalmente, as coisas não funcionam assim quanto mais não seja pelo desafio de infringir as regras que nós próprias colocamos. Para além disso o universo desta autora é tão interessante que, quando damos por nós, andamos por aí a explorar.
 
No post intitulado A saga "Lords of Underworld" (Senhores do Submundo), falei-vos basicamente da história e das personagens principais desta saga. No entanto existem outras personagens que, não sendo as estrelas do pelotão, acabam por ter tanta força que dão origem a spin-offs. Por outras palavras, ganham o direito a serem os protagonistas dos seus próprios livros.
 
É isto que acontece a Lysander e Zacharel, dois anjos que aparecem como personagens secundárias na Saga dos Senhores do Submundo. O Lysander aparece em, quase, todo o seu esplendor no quinto livro da Saga sobre o Aeron (The Darkest Passion / A Paixão mais obscura) e depois vai aparecendo esporadicamente nos livros seguintes. O Zacharel aparece a partir do sétimo livro da Saga sobre Amun, o Guardião do segredo (The Darkest Secret/ O segredo mais escuro).
 
Também como já tinha referido anteriormente, entre a história sobre o Guardião da Dúvida (Sabin) e a história sobre o Guardião da Raiva (Aeron), surge uma compilação de histórias designada por "Heart of Darkness" que inclui uma novela sobre o Lysander e que se chama "The Darkest Angel". Esta pequena novela é o que vai dar o pontapé de saída para a colecção  Angels of the Dark / Anjos da Escuridão, cujo primeiro livro se chama Wicked Nights / Noites Perversas.
 
 
O livro Wicked Nights/ Noites Perversas, versa exclusivamente sobre a história de Zacharel e conta com a participação especial de alguns dos Senhores do Submundo, como por exemplo, Paris (o Guardião da Promiscuidade) que vai em auxílio do anjo quando a situação surge (os meus meninos são uns fofos, sempre a ajudar o próximo).
 
Pessoalmente, gostei bastante deste livro. A história está engraçada, as personagens estão bem concebidas e ficamos a conhecer mais um anjinho mesmo à beirinha de ficar com as suas asinhas de passarinho transformadas em asinhas de morcego. É claro que prefiro - de longe - a Saga dos Senhores do Submundo dada a minha fraca inclinação para criaturas angelicais com a mania de que são o presidente da junta, mas o facto de estarmos a lidar com anjinhos safados ameniza um pouco aquela terrível sensação de perfeição celestial que põe qualquer um com pele de galinha... eu sou mais pela morcegada civilizada e pela turma das caveirinhas q.b.
 
O segundo livro desta série, chama-se Beauty Awakened / Beleza Despertada e conta a história de Koldo, o anjinho desasado... literalmente... que faz parte do exército mais-ou-menos celestial de Zacharel. O Koldo é uma personagem gira que aparece logo no primeiro livro desta série e é uma personagem gira porquê? Bom, desde logo porque é um anjinho literalmente desasado, com direito a estacionar o carro no lugar dos deficientes e com prioridade nas filas dos supermercados e depois porque por ser desasado (ou por o terem desasado, neste caso), está consumido por um desejo de vingança. Assim sendo, só pelo simples facto de estarmos perante uma personagem diferente e com um sentimento tão humano, para mim já é uma mais valia. Resta saber como é que a autora explora a personagem.
 
Ainda não li o livro, mas já o tenho no meu Kobo em lista de espera, para começar a ler depois de terminar o The Darkest Craving.
 
Estou certa que esta é uma daquelas séries que irá continuar até porque - neste exército mais-ou-menos celestial - há mais personagens perturbadas, ou melhor... há mais anjinhos safados... e de que maneira.  
  

The Darkest Craving (Sem trad. para português ainda) - Livro 10

HRM, 07.08.13
Ora bem, ontem comecei a ler o décimo livro desta saga. Ainda não deu para avançar muito na leitura mas, pelo que já pude ler, parece que promete.
 
Este "episódio" versa sobre a história de Kane, o Guardião do Desastre e então quem é este pobre coitado? Bom, este "piqueno" de 1,93 m, com um cabelo que varia entre o preto e o castanho com umas madeixas douradas, e com uns olhitos cor de avelã é o desastre em pessoa.
 
Os amigos, não querendo propriamente fugir dele mas, vá, fugindo relegam-no quase sempre para segundo plano dada a natureza desastrosa do seu demónio. Por norma, onde este rapaz se encontra, coisas más acontecem. É uma espécie de íman de catástrofes. Faz-me lembrar muito o melhor amigo do meu marido que, é um excelente rapaz mas, pelos deuses... com ele por perto nada nem ninguém está a salvo.

 
Por vezes, dou comigo a pensar se a autora destes livros terá tido oportunidade de conhecer e conviver com o Mikko porque, efectivamente, esta natureza assenta-lhe como uma luva. É verdade que o Mikko não tem 1,93 m (deve ter, para aí, menos 10 cm) e é loirinho, de olhos azuis, também não tem sotaque húngaro... bom mas se for por uma questão de sotaque, assim como assim, o finlandês tem uma raiz fino-úgrica tal como o húngaro e por isso joga tudo em casa. No meio disto tudo, o resto encaixa-se perfeitamente. Acreditem, se há alguém extremamente competente para encarnar o Guardião do Desastre, esse alguém é o Mikko.
 
Cada vez que o via entrar pela porta adentro, eu já jogava as mãos à cabeça - aterrorizada - antecipando a série sucessiva de desastres que vinham com ele. Copos de vidro, deixei de lhe passar para as mãos porque a taxa de sobrevivência (do copo) era mínima. Passei a dar-lhe só copos de plástico... é que não estão bem a ver a cena, nem aqueles copos de vidro grosso que parecem que são a prova de bala, sobreviveram... ou melhor, sobreviveu um porque o integrei num programa de protecção de testemunhas, por outras palavras, escondi-o. Outras coisas, como dois quadros, os estores da sala, os pratos, etc... não tiveram tanta sorte e foram acidentalmente assassinados. Tantas vezes que o coitadinho se oferecia para ajudar na cozinha, mas convenhamos... as cozinhas são locais altamente perigosos para pessoas com este género de tendências. Estoicamente eu resistia, pedindo-lhe apenas para ele se sentar, quietinho... não mexe, não fala, não nada! Sair com ele era uma daquelas aventuras de andar com o coração nas mãos, porque nunca se sabia o que é que ia acontecer. Tirando estes pequenos detalhes, ele é uma joia de rapaz, um querido e um fofo... mas coitadinha daquela que for sua namorada, vai ter de andar vestida com uma armadura - tipo polícia de choque - para sua própria segurança.  
 
Por isso estão a ver, dada a minha experiência, compreendo e simpatizo muito com os argumentos dos restantes Guardiões ao preferirem não estar perto do Desastre apesar de o adorarem. Todavia, também sei que é muito difícil gerir este tipo de situações. A história do Kane é como a historia do Mikko na cozinha. Ele é um fofo e quer ajudar, nós precisamos ajuda mas sabemos que se a aceitarmos acidentes vão acontecer. É terrível.

A Paixão mais escura (The Darkest Passion) - Livro 5

HRM, 06.08.13
Ok, como no quiz, de ontem, me calhou o Aeron como par ideal (sim, sim, um par muito jeitoso confesso... do tipo juntar a fome à vontade de comer, um diz mata o outro diz esfola, um é o Tico o outro é o Teco e por aí adiante), então hoje vou falar-vos - em particular - do livro sobre o Guardião da Raiva (ou da Ira, conforme o sinónimo que preferirem).
 
Neste quinto livro da saga ficamos a conhecer melhor a personagem que incorpora o demónio da raiva que até, praticamente, ao fim do terceiro livro andou a bater mal da cabeça por tentar resistir a uma ordem dada por Cronus.
 
Aeron é um rapaz simpático, afável, carinhoso... Ooops! Estava a ler o script errado... Recomeçando; Aeron é um rapaz intempestivo, de pavio curto (embora ligeiramente menos curto do que Maddox, o guardião da violência), sem sentido de humor, tatuado da cabeça aos pés (literalmente) com imagens de guerra, armas, demónios e das suas vítimas. Cabelo castanho, curtinho, tipo militar, dois piercings nas sobrancelhas, olhos violeta e um belo par de asas negras (tipo as membranas dos morcegos, vá), retrácteis. Por outras palavras: é 1,98 m de pesadelo capaz de assustar qualquer um num beco escuro... bem, na realidade nem precisava de ser num beco escuro, mas adiante. O aspecto positivo: voa.


 
Durante a sua estadia, acorrentado, às portas do inferno (vicissitudes da vida, o rapaz andava um pouco excitado e um tanto ou quanto consumido pelo desejo de sangue, pelo que, houve necessidade de implementar algumas mais medidas radicais), adoptou como companhia um demóniozinho (imaginem assim um lagartinho tipo gecko, mas talvez maior), chamado Legião. Mal sabia o coitadito, que esta moça (sim... Legião é uma menina), lhe ia dar água pela barba e fazê-lo perder a cabeça... literalmente.
 
Bom, se até ao fim do 3º livro a malta gostava mesmo era de poder dar com um martelo na cabeça para ver se aquela excitação toda passava, no 4º livro começamos a ver as coisas a mudar e finalmente no 5º livro acabamos por sentir uma certa empatia com o pobre coitado. Até agora, foi o único livro que me deixou como o Bonga... Tenho uma lágrima no canto do olho... Mmmm, continuando... Sabem como é que é aquela sensação de quando as coisas começam a correr mal, parece que vêm todas ao mesmo tempo? Pois é, neste livro é a mesma coisa. De repente, vemos um Aeron completamente atarantado, com o controle das situações a escapar-lhe por entre os dedos, com um demóniozinho ciumento numa mão, um anjinho safado na outra e com a cabeça a prémio. É que, a páginas tantas, aquilo já era caso para dizer " "Deslarguem"-ma' braguilha!", deixem o pobre rapaz respirar e pelo caminho emigra para o Pólo norte, pode ser que lá ninguém te encontre.
 
Pessoalmente, devo confessar que até ao momento este é - de longe -  o meu livro favorito da saga o que, também devo dizer, me apanhou um bocado de surpresa porque por norma não me sinto atraída por personagens sem sentido de humor e neste sentido a personagem do Aeron é de uma frustração olímpica. Mas enfim, é um rapaz com outros atributos.      

Quiz - Qual o Senhor do Submundo mais adequado

HRM, 05.08.13
Uma pessoa descobre com cada uma quando se põe a explorar cenas... Deuses... e o pior é vamos lá carregar nas respostas... depois ficamos a olhar para o resultado com um ar espantadinho... calha-me com cada uma!... ou cada um, neste caso.
 
Bom, para quem já conhece estes nossos meninos e tem alguma curiosidade em saber qual dos 12 Senhores do Submundo seria o seu par ideal, descobri um quiz bastante engraçado que resolvi partilhar convosco.
 
O que é que me calhou a mim?... Beeemmmm... posso garantir-vos que, efetivamente, não é nenhum dos meus favoritos...
 
Foi este:

Aeron (Keeper of Wrath)Aeron see's every bad deed anyone has done and if he demon is released it will fit a punishment to the offence. If you believe people should get a just punishment for crimes you and areon would get on... that is if you don't mind a man tattoed from head to foot. He's got a quick temper but longs to be close to others. could you be his savior?
 
 
 
Ok... mas eu gosto muito, muito tatuagens... e por acaso, até agora, o livro sobre ele foi o que eu gostei mais... Olhem, ao menos tem asas!... ou tinha... o rapaz tem uma vida complicada... Fogo, com doze gajos por onde escolher (e a maior parte com cabelo comprido) tinha de me calhar o tipo com asas e cabelo curtinho!!... mas que galo!
 

Personagens masculinas - Os meus "Senhores" favoritos

HRM, 02.08.13
Bom, esta foi sem dúvida uma decisão difícil que requereu alguma ponderação. Foi mais fácil decidir quais eram as minhas personagens femininas favoritas do que as masculinas.
 
Entre os 12 Senhores do Submundo e mais uns tantos complementos acessórios, confesso que tive alguma dificuldade em escolher... é uma sensação muito semelhante àquela de quando vamos às compras com um orçamento limitado. Vemos uma enorme quantidade de roupa, sapatos e malas, cada uma mais gira do que a outra, pegamos nelas, fazemos-lhes festinhas, damos-lhes beijinhos e até ronronamos mas... não temos dinheiro para levar tudo. Por um lado é absolutamente frustrante, por outro lado obriga-nos a focar naquilo que realmente queremos ou precisamos.
 
Por isso, escolher os meus meninos favoritos foi um drama algo semelhante e neste sentido, acabei por escolher 3 mas não lhes vou dar uma prioridade tipo, 1º, 2º ou 3º lugar. Estes 3 estão em pé de igualdade.
 
Logo desde o início da saga uma das minhas personagens favoritas foi Torin, o Guardião da doença. Um rapaz de cabelito branco, comprido (que surpresa!!!...) e de olhito verde, que - dada a natureza do seu demónio - não pode tocar em ninguém sob pena de despoletar uma epidemia de peste negra (o que, como devem calcular, deve ser um pouco desagradável). Como pouco mais pode fazer (ou não...), é um geek de computadores com um sentido de humor extraordinário e muito dedicado ao sarcasmo (qualidade que, na minha óptica, é sempre algo fantástico e admirável). Durante muito tempo, o Torin foi a minha única personagem favorita mas á medida que as aventuras se iam desenrolando houve outra personagem que, no início confesso que achei que era demasiado óbvio e vulgar mas, me foi chamando a atenção.
 
Paris, o Guardião da promiscuidade. Um mocito, alto, forte e espadaúdo de cabelo em vários tons de castanho e preto, comprido (olha, mais uma surpresa!!!) e olhito azul, que - dada a natureza do seu demónio - não pode dormir (ah ah ah... dormir), com a mesma mulher duas vezes. Confesso que no início achei-o demasiado básico e com muito pouco para oferecer. O típico menino bonito, desejado por todos os homens e mulheres, blá blá blá vamos meter o dedo na garganta e vomitar... mas efectivamente  o meu julgamento foi precipitado. À medida que o fui conhecendo melhor mudei radicalmente de opinião. Acabamos por descobrir que, por causa do que é, o rapaz tem uma personalidade perturbada e embora todos eles tenham uma personalidade perturbada, a forma como ele é capaz ou incapaz de lidar com as coisas que tem de fazer para sobreviver dá-lhe uma fragilidade que é absolutamente adorável.
 
Finalmente, a minha última personagem masculina favorita é William. O William não é um dos Senhores do Submundo, nem está possuído por nenhum demónio. É um imortal, amigo de Anya (a Deusa da Anarquia, também gosto muito dela mas gosto mais das harpias), que aparece logo no segundo livro. É mais um rapazito jeitoso, de olhito azul e cabelo escuro e... comprido... :))). É também irmão de Lúcifer, criou os 4 cavaleiros do apocalipse e é um mulherengo, muito capaz de competir com Paris. Não há palavras para descrever esta personagem. É absolutamente genial e domina a arte do sarcasmo como ninguém, tem tiradas simplesmente hilariantes e merecia ter um livro inteiramente dedicado a ele.
 
E pronto, estes são os meus três mosqueteiros. Quando quiserem partilhar os vossos, estejam à vontade.