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O Anãozinho de Jardim

Livros e Desvarios

O Anãozinho de Jardim

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7X7X7 - Exercicio

HRM, 05.02.16


Quando estamos com aqueles bloqueios criativos em que não nos ocorre nada para escrever, podemos sempre recorrer a pequenos truques que ajudam a desbloquear.

Um desses exercícios - e que é super conhecido - é o 7X7X7 que consiste em ir buscar o 7 livro da nossa prateleira, abri-lo na página 7 e escolher a 7ª frase. A ideia é começar a escrever um poema com esta 7ª frase e o limite é de 7 linhas.

De momento eu não tenho aqui uma prateleira mas, tenho um livro por isso vou abri-lo na página 7 e vou ver como é que começa o meu poema:

"Havia duas gotas suspensas do revestimento branco do tecto."   
 
E agora só falta acrescentar mais 7 linhas.?

A Arte do Nome - 5 regras importantes

HRM, 02.02.16
Arte de Eve Ventrue

Todos aqueles, que num momento ou noutro, já pensaram em escrever qualquer tipo de história de ficção sabem que dar nome às personagens é um desafio dos diabos (e de vez em quando pode ser um verdadeiro pesadelo). A mim já me aconteceu estar toda entretida a escrevinhar umas coisas, depois chegar à página 150 e concluir que o nome das personagens está errado. Este é o momento que deixamos cair a cabeça em cima do teclado e pensamos: "Isto não me está a acontecer". No entanto, há que admitir que escolher nomes é também uma arte.

Normalmente, quando queremos dar nome às personagens há - pelo menos - 5 regras que podemos ter em atenção de modo a facilitar a denominação:

É uma personagem masculina ou feminina?

Estamos a falar de um adulto, de um jovem ou de uma criança?

Quais os nomes mais comuns à data de nascimento da personagem?

Verificar a raiz do nome. Decidir se tem ou não alguma coisa a ver com a personagem.

Dizer o nome da personagem em voz alta. Vejam se soa bem, se é um nome forte e se a personagem tiver um nome difícil de dizer, deem-lhe uma alcunha ou arranjem-lhe um diminutivo se quiserem ir por aí.

Na minha opinião, independentemente de tudo, lembrem-se sempre que o nome é a personagem. É a sua identidade, por isso é muito importante investir algum tempo na pesquisa de um nome que reflita a natureza da mesma.

Terapia dos contos de Fada 2 - Exercício

HRM, 31.01.16

Um dia perguntaram à escritora Margaret Atwood como seriam os contos de fada no futuro. Ela respondeu: "Sombrios, serão os contos de fada do futuro. Mas e daí, todos os contos de fada são sombrios".

É uma excelente pergunta e uma resposta brilhante. Como seriam os contos de fada no futuro? Com robôs, naves espaciais e extraterrestres? Sombrios? Concordam que os contos de fada são sombrios?

Terapia dos Contos de Fada - Exercício

HRM, 30.01.16

Descobri isto quando andava a googlar por aí e não era esta a temática sobre a qual ía escrever mas, pronto há que ser flexível e deixarmo-nos ir ao sabor do vento.

O exercício é:  pense numa personagem dos contos de fada que tenha passado por uma experiência traumática - que devem ser praticamente todas as personagens dos contos de fada já que todas elas passam por eventos traumáticos - e anos mais tarde, pense que essa personagem está a fazer terapia. A ideia é que explique ao terapeuta como é que essa experiência alterou a sua vida e a sua percepção da realidade.

Quando vi este exercício, confesso que a primeira personagem em quem pensei foi na Alice porque cair por um buraco e ir parar a um mundo completamente surreal não deve ter sido fácil. A segunda personagem em quem pensei foi na Ariel, na nossa pequena sereia e no momento em que ganha um par de pernas. Esta transformação também não é nada fácil e deve ter sido traumática.

A leitura e as crianças

HRM, 15.01.16

Aqui há um par de dias, dizia-me uma seguidora do Anãozinho, na página do facebook, que já não sabia como fazer para que os seus sobrinhos gostassem de ler, tanto como ela. Gostava que eles tivessem imaginação e que, como ela, pudessem ver um mundo através dos livros. Em resposta, sugeri-lhe que contasse histórias porque, normalmente, funciona bem com as crianças mais pequenas ao que ela respondeu que havia tentado mas nem assim tinha funcionado.

Os garotos estavam agarrados aos iPads, tablets e/ou smartphones. Para a mãe era mais fácil entretê-los assim e - verdade seja dita - a criançada fica muito mais sossegadita. Não discuto a opção de tantos pais e tantas mães. Estou certa que depois de um dia de trabalho, chegarmos a casa e ainda despender de energia para, não só, alimentar toda a gente e ainda ter a preocupação de pôr os petizes a ler, não é fácil. Compreendo que seja muito mais simples colocar os miúdos à frente da televisão, ou pô-los agarrados a um pedaço de tecnologia, enquanto se trata do resto dos afazeres domésticos, do que ter a ambição de contribuir para o desenvolvimento intelectual e cognitivo da criança.

Senhoras e senhores, presumo que ensinem às vossas crianças que nem sempre o caminho mais fácil é o mais adequado, ou é o mais desejável e se assim é então porque lhes dão o exemplo errado? Deixem que as crianças sejam crianças, deixem que elas brinquem, criem e imaginem o mundo, ou os mundos, delas. Não lhes reduzam a visão agrilhoando-as precocemente às tecnologias. A vida encarrega-se disso naturalmente e a criatividade e imaginação são duas das aptidões imprescindíveis para a sociedade do século XXI. Promovam nos miúdos o gosto pela leitura, encorajem-nos a viajar para outros sítios através das páginas de um livro, deixem-nas descobrir outros mundos e viver tantas vidas quanto aquelas que elas quiserem. Deixem-nas tocar, manusear e sentir um livro.

Se fizerem uma breve pesquisa no Google vão encontrar inúmeros websites e blogues com dicas e sugestões para estimular as crianças - de vários níveis etários - a ler. A leitura não tem de ser uma coisa chata e enfadonha, nem contar histórias deve ou tem de ser um ato de sacrifício tudo depende da vossa vontade, do vosso dinamismo e da capacidade que têm em interagir com os vossos miúdos. Não pensem, nem assumam, que eles vão aprender a gostar de ler na escola. A escola, pode fazer (e faz) muita coisa por eles mas, nunca poderá fazer o vosso trabalho.

Portais Mágicos

HRM, 13.01.16

Quando era criança, achava que os espelhos eram portas que nos levavam para outro mundo, onde viviam pessoas que se pareciam connosco mas, que tinham vidas diferentes. Achava que as pessoas que viviam do outro lado estavam lá presas e não podiam sair cá para fora.

Tinha muita curiosidade em ver como é que viviam do outro lado mas, na verdade creio que nunca tentei atravessar nenhum espelho.

Parabéns a Charles Perrault

HRM, 12.01.16

Charles Perrault, nascido em Paris a 12 de janeiro de 1628, falecido em Paris, a 16 de maio de 1703. Foi um escritor e poeta francês do século XVII, que estabeleceu as bases para um novo género literário, o conto de fadas.

Foi igualmente o primeiro autor a dar um acabamento literário a este tipo de literatura, o que lhe conferiu o título de "Pai da Literatura Infantil". As suas histórias mais conhecidas são:

  •  Le Petit Chaperon rouge (Capuchinho Vermelho ou Chapeuzinho Vermelho);
  •  La Belle au bois dormant (A Bela Adormecida);
  • Le Maître chat ou le Chat botté (O Gato de Botas);
  • Cendrillon ou la petite pantoufle de verre (Cinderela ou a Gata borralheira);
  • La Barbe bleue (Barba Azul);
  • Le Petit Poucet (O Pequeno Polegar).
Foi também contemporâneo de Jean de La Fontaine e foi advogado, exercendo algumas atividades como superintendente do Rei Luís XIV de França.