A Arte e a Escrita
HRM, 04.02.16
«Arte, proveniente do latim ars, significando técnica e/ou habilidade) pode ser entendida como a atividade humana ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedade de linguagens, tais como: arquitetura, desenho, escultura, pintura, escrita, música, dança e cinema, nas suas variadas combinações.
O processo criativo dá-se a partir da percepção com o intuito de expressar emoções e ideias, objetivando um significado único e diferente para cada obra.
Numa visão muito simplificada, arte está ligada principalmente a um ou mais dos seguintes aspectos:
- manifestação de alguma habilidade especial;
- criação de algo artificial;
- Desencadear algum tipo de resposta no ser humano, como a sensação de prazer ou beleza;
- apresentação de algum tipo de ordem, padrão ou harmonia;
- transmissão de uma sensação de novidade e algo inédito;
- expressão da realidade interior do criador;
- comunicação de algo sob a forma de uma linguagem especial;
- noção de valor e importância;
- exercício da imaginação e a fantasia;
- indução ou comunicação de uma experiência-pico;
- coisas que possuam reconhecidamente um sentido;
- coisas que deem uma resposta a um dado problema. »
E isto, é o blá blá blá que encontram por aí espalhado e que de hoje em dia serve para justificar muita inutilidade e trivialidade sem qualquer tipo de sentido ou objetivo.
A arte é a expressão máxima da criatividade humana. É a exteriorização do mundo interior do artista, sendo que este processo é uma relação dinâmica entre o sujeito e o seu objecto. Ora, nesta perspetiva temos de admitir que quando escrevemos, estamos - em primeiro lugar - a escrever para nós e só depois é que estamos a escrever para os outros. Com os outros apenas estamos a partilhar um pedaço do nosso mundo, através de um meio que, por acaso, pode ser um texto. Neste processo de partilha com o outro, também estamos a fazer outra coisa, que é integrar o outro no nosso universo. Esta é uma integração ocorre através das personagens e das suas vivências. Quando o outro se vê refletido nas vivências dos personagens, então sabemos que estamos a ser bem sucedidos.
Agora fazer isto é obra, porque juntar letras toda a gente - minimamente alfabetizada - consegue mas, isso não é o suficiente para nos transformar num escritor.