Dos livros que viram filmes
HRM, 30.03.15
Confesso que só comecei a pensar nesta temática quando saiu o segundo filme do Senhor dos Anéis - As duas torres - antes disso só me dava ao trabalho de refilar à brava com os imbecis (sim, chamava-lhes isto), dos guionistas que pareciam não perceber nada da coisa e dedicavam-se, em exclusividade, a assassinar histórias.
É também verdade, que quando saiu "As duas torres" me ia dando uma coisinha má ao ver a excessiva liberdade de interpretação na batalha de Helm's Deep. Não só tinham colocado os elfos no meio da batalha, como também tiveram a ousadia de matar o Haldir. Isto para mim foi como uma espécie de tortura. O que diabos teria passado pela cabeça das criaturas para fazerem uma barbaridade destas? Tudo bem que a batalha até foi épica, mas elfos em Helm's Deep??? Ainda por cima a serem completamente massacrados... a sério, mais valia terem-me dado um tiro para acabar com o meu sofrimento.
Demorou algum tempo até conseguir ultrapassar esta questão e nunca fiquei, totalmente, convencida de que tal era necessário só para reforçar a ideia de que os moços estavam a abandonar a Terra Média mas, pelos vistos, a audiência queria ver os elfos em acção. É no que dá ficar à espera dos resumos em vez de ler a história completa, adiante.
Apesar disto tudo, a realidade é que os guionistas fazem o melhor que podem para condensar 500 páginas em 120 (partindo do principio que um filme tem cerca de 2 horas sendo que a regra é 1 minuto, 1 página), e este não é um trabalho fácil. Uma coisa é construir um guião de raiz, outra coisa é transformar um livro num guião e para se transformar um livro num guião tem de se ter uma capacidade de resumo brutal (que é algo que eu não tenho, por exemplo), sabendo separar a informação que é relevante e essencial para a história daquela que não o é. No meio deste trabalho todo - e porque nem sempre é fácil - de vez em quando acontecem umas catástrofes e os elfos vão parar a Helm's Deep, por exemplo.
Por causa destas coisas, cada vez que há um livro que se transforma num filme, eu costumo pensar duas vezes antes de o ir ver ao cinema apesar de saber que também há muito boas adaptações por aí.
Por hoje é tudo. Desejo-vos um óptimo dia.
É também verdade, que quando saiu "As duas torres" me ia dando uma coisinha má ao ver a excessiva liberdade de interpretação na batalha de Helm's Deep. Não só tinham colocado os elfos no meio da batalha, como também tiveram a ousadia de matar o Haldir. Isto para mim foi como uma espécie de tortura. O que diabos teria passado pela cabeça das criaturas para fazerem uma barbaridade destas? Tudo bem que a batalha até foi épica, mas elfos em Helm's Deep??? Ainda por cima a serem completamente massacrados... a sério, mais valia terem-me dado um tiro para acabar com o meu sofrimento.
Demorou algum tempo até conseguir ultrapassar esta questão e nunca fiquei, totalmente, convencida de que tal era necessário só para reforçar a ideia de que os moços estavam a abandonar a Terra Média mas, pelos vistos, a audiência queria ver os elfos em acção. É no que dá ficar à espera dos resumos em vez de ler a história completa, adiante.
Apesar disto tudo, a realidade é que os guionistas fazem o melhor que podem para condensar 500 páginas em 120 (partindo do principio que um filme tem cerca de 2 horas sendo que a regra é 1 minuto, 1 página), e este não é um trabalho fácil. Uma coisa é construir um guião de raiz, outra coisa é transformar um livro num guião e para se transformar um livro num guião tem de se ter uma capacidade de resumo brutal (que é algo que eu não tenho, por exemplo), sabendo separar a informação que é relevante e essencial para a história daquela que não o é. No meio deste trabalho todo - e porque nem sempre é fácil - de vez em quando acontecem umas catástrofes e os elfos vão parar a Helm's Deep, por exemplo.
Por causa destas coisas, cada vez que há um livro que se transforma num filme, eu costumo pensar duas vezes antes de o ir ver ao cinema apesar de saber que também há muito boas adaptações por aí.
Por hoje é tudo. Desejo-vos um óptimo dia.