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O Anãozinho de Jardim

Livros e Desvarios

O Anãozinho de Jardim

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✯ O Mito de Hades e Persefone nos dias de hoje ✯ Exercício

HRM, 29.02.16


ZEUS: " Pensava que tinha ficado claro que tínhamos uma política de não-abdução"

HADES: "Ela não estava a cooperar. Esperavas que eu fizesse o quê?"

Pois é verdade, as coisas já não são o que eram e eu, na verdade ia publicar o pequeno conto da "Vivi e do Zeka" mas, entretanto encontrei este diálogo entre Zeus e Hades e mudei de ideias.

A propósito do mito, lembrei-me que nos dias que correm, o exercício de andar por aí a raptar pessoas é um empreendimento que na generalidade dos casos termina mal mesmo quando os envolvidos são Deuses.

É aliás, tanto pior, quando os envolvidos são Deuses. Isto porque convencer um agente da autoridade que estamos perante um ou mais elementos do divino - sejam eles de que panteão forem - tem uma alta probabilidade de ser entendido como um surto esquizofrénico, ou uma alteração de personalidade do sujeito que acabará, por certo, com um casaquinho branco vestido daqueles em que as mãos se atam às costas.

Todavia, reescrever o mito de Hades e Perséfone adaptando-o aos dias de hoje pode ser um exercício criativo bastante divertido. 

Breve introdução ao conto da "Vivi e do Zeka"

HRM, 25.02.16
Ilustração de Bec Winnel


Ora bem, a pedido de várias famílias (neste caso, da Elena) e antes de publicar o pequeno conto da "Vivi e do Zeka", tenho de vos explicar um pouco do contexto em que decorre a história. Assim sendo, a trama (ou o drama) entre estas duas personagens vem na sequência de um jogo de Roleplay, que eu e a minha amiga jogávamos por email (e eu não era o mestre de jogo, felizmente).

Aquilo era uma coisa um bocado diferente, um universo bem alternativo derivado de uma mistura entre Dungeons&DragonsForgotten Realms, que começava no presente mas depois íamos todos parar à Terra da Fantasia, onde existia toda aquela panóplia de criaturas extraordinárias. Confesso que naquela altura não conhecia nada sobre os Drow (sim porque existem Drows na história), nem sabia o que é aquilo era mas, depois de participar nesta história passei a perceber mais um pouquinho.

Passemos então à explicação sobre quem era quem:
  • a Vivi (de seu nome Viviane e jogada pela minha amiga) era a irmã gémea da Lili (de seu nome Liliane e jogada por euzinha) e as moças trabalhavam numa florista. Nenhuma delas tinha grandes atributos, a Vivi era um doce de pessoa mas tinha uma enorme queda para o desastre. A Lili era ao contrário, não era inclinada para o desastre mas tinha um temperamento do cão.

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Arte de Mathia Arkoniel
  Zeka, foi o nome que demos a Zekaufein Noquana (uma personagem jogada por um outro jogador), um jovem Drow que queria ser um assassino (quando fosse grande e se não morresse entretanto) e que achava que a vida lhe corria mal porque não conseguia matar esquilos, nem qualquer outro tipo de animais - comumente - considerados fofinhos.

A verdade é que ele tinha toda razão para achar que a sua vida estava mal encaminhada porque, considerando os elevados standards obscuros da sociedade Drow, era um verdadeiro milagre o pobre Zeka ainda estar vivo. Como ele tinha consciência disto, assim quando lhe foi dada a oportunidade de ir à superfície - com um grupo - pilhar e saquear ele aproveitou. Era a hipótese que ele tinha para provar que, aos olhos da sua sociedade, não era nenhum inútil.

Portanto, quando ele achava que nada mais de errado lhe podia acontecer na vida e a partir de agora só podiam acontecer coisas boas, eis que lhe cai a Vivi em cima. Literalmente. Caiu a Vivi, caiu a Lili, caiu toda a gente.

Até hoje não sei muito bem qual era a ideia original do mestre de jogo mas, penso que ele não ponderou muito bem as consequências de ter uma personagem azarada na história. Tirando isso, foi um jogo bastante divertido até porque, de acordo com os relatos (de outros jogadores mais habituados a jogar com personagens Drow), nunca tinham visto nenhum Drow ser tão tripudiado com o pobre do Zeka.   

Projecto de Fim de Semana (5) - Escrever um conto em 20 horas

HRM, 23.02.16

A prova do desmembramento da história toda que estava a escrever. Parti-a toda ao fim de 110 páginas e diverti-me imenso a fazê-lo. Acreditem há muito mais papel do que aquele que cabe nesta fotografia.

Conclui que tinha de encontrar algumas respostas para alguns eventos e a única solução que encontrei foi fazer o que não fiz desde o início. No meio deste desmembrar da história, encontrei o conto da gata Jezebel que tem lugar cerca de 30 anos antes do enredo principal e no fundo vai contar como é que a Alice ( que é uma personagem que morre logo no início da história principal) é levada a entrar neste universo fantástico, pela mão da Jezebel.

Ainda tenho de partir mais umas coisitas, devido a alguns detalhes que me faltam mas, penso que - agora sim -  está bem encaminhada a minha saga.
     

Trilogia Elfo Negro ✯ Pátria ~ Exílio ~ Refúgio

HRM, 21.02.16

Hoje não estava a planear publicar nada mas, depois comecei a navegar pelo DeviantArt, comecei a ver Drows e fiquei com vontade de vos encorajar a ler qualquer coisa sobre esta raça fantástica do universo Forgotten Realms e por isso andei à procura desta trilogia - em português - para ver se conseguia disponibilizar os links que vos permitissem ler estes livros.

Infelizmente, links para estes livros em português não encontrei. Apenas encontrei as primeiras 65 páginas do 1º livro e toda a versão em banda desenhada que, se quiserem, posso disponibilizar mas, como é claro, não é bem a mesma coisa apesar de dar para perceber a história toda. As versões digitais que tenho e que, obviamente, já li são as originais em língua inglesa.

Ora bem, então isto fala sobre o quê? Fala sobre os Drow e sobre a sociedade em que vivem. O Drow são, praticamente, iguais aos elfos mas mais azulados... e mais sádicos... e vivem num sítio lindíssimo que se chama   Menzoberranzan e é um óptimo destino de férias para morcegos e para gente não claustrofóbica que ame espeleologia, adrenalina e desportos radicais muito à base de corrida, dado que o mais provavel seria passar o tempo a fugir de alguma coisa. Mas, o que se haveria de esperar de uma raça que adora uma deusa aranha chamada Lloth?

Após este breve momento de brincadeira, estes 3 livros (Pátria, Exílio e Refúgio), escritos pelo autor R.A. Salvatore, contam a história de Drizzt Do'Urden, que decide abandonar o subescuro e o respetivo estilo de vida agitado dos Drow. São 3 livros absolutamente fantásticos que nos fazem apaixonar por este personagem e por alguns outros que vão passando pela história, como é o caso de Zaknafein e da pantera mágica Guenhwyvar. Confesso que ainda não li o resto das aventuras do Drizzt mas, estão no meu Kobo e haverei de lá chegar.

Entretanto, se tiverem oportunidade de ler estes livros aproveitem porque vale a pena.

História, história, estória

HRM, 20.02.16

Eis que, finalmente, me dei ao trabalho de ir averiguar uma temática que me irrita supinamente mas, que para a qual tinha de existir alguma explicação.

A utilização da palavra «estória» - que começou a ter uma utilização relativamente recente - é algo que me tira do sério. Não tenho nada contra a palavra apenas acho que é uma tontice pegada, criada propositadamente para provocar discórdia.

Eu estou do lado dos que defendem que esta palavra - estória - é uma invenção que não traz, nem acrescenta nenhuma mais-valia à língua portuguesa. Utilizar esta palavra sob pretexto de que estamos a narrar factos imaginários, de ficção é - na minha modesta opinião - uma imbecilidade e por isso recuso-me a utilizá-la.

Quando pretendo distinguir a narração de factos reais da narração de factos ficticios, apenas troco o «H» maiúsculo, pelo «h» minúsculo. Foi assim que me ensinaram na escola e não vejo qualquer necessidade de recorrer às línguas anglo-saxónicas como fonte de inspiração, para inventar uma nova palavra que me vai resolver um problema que, na realidade, não existe.

Quando eu quero inventar palavras - e uma vez que não linguísta, como o Tolkien - recorro a um gerador online e crio, praticamente, uma língua inteira, com as regras certas e com a fonética adequada (que aliás foi o que fiz para criar 2 línguas para a história que estou a escrever).      

Projecto de Fim de Semana (4) - Escrever um conto em 20 horas

HRM, 19.02.16
E eis que vamos dar continuidade ao projeto de escrever um conto em 20 horas, mesmo que estas horas estejam distribuídas ao longo de vários dias (sim, porque isto não tem de ser feito de seguida).

Pois bem, esta é a base da história da Jezebel enquanto personagem. Neste universo, estamos perante um mundo onde a magia existe, sob a forma de energia arcana, e é composta por:

  •  forças naturais - entendidas como as forças que reúnem a combinação harmoniosa dos 4 elementos;
  • e forças elementais - entendidas enquanto a força de cada elemento individualmente.
O poder da Jezebel reside, exatamente, no facto de ela ser capaz de manipular ambas. No entanto, para aborrecimento da própria, dado que foi involuntariamente transformada num felino esta habilidade diminuiu consideravelmente.  

A figura, obviamente, não nos diz qual é o objetivo da personagem mas, dos vários que ela possa ter por onde vai passando, há pelo nos dois desejos que vão permanecendo ao longo do tempo e que são:

  • Desejo de regressar à forma humana (até porque estar presa no corpo de um felino limita a sua capacidade de manipulação de energia);
  • Desejo de retribuição, ou seja, vingar-se do marido por tê-la aprisionado no corpo de um gato. 
Resumindo tudo o que temos até agora:

  • Temos uma temática abrangente designada "Santos e Pecadores";
  • Temos a linha de partida que - de acordo com Óscar Wilde - nos diz que todos os santos têm um passado e todos os pecadores um futuro;
  • Temos uma livraria que se chama "Refúgio dos Livros";
  • Um protagonista que é um gato muito especial e que se chama Jezebel 
E se querem saber, sim já tenho o resumo desta curta história, ou deste conto mas, não vou contar tudo ainda.