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O Anãozinho de Jardim

Livros e Desvarios

O Anãozinho de Jardim

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Inversão de marcha da HQN

HRM, 02.04.15
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Estava eu a pôr-me a par das novidades matinais quando eis, senão, que... me deparo com um post, aqui no blogue vizinho Algodão Doce para o Cérebro, sobre o adiamento do lançamento do "The Darkest Touch"/ O Toque mais escuro, versão em português.

Pelos vistos a editora HQN, achou que era mais interessante lançar em português o livro Wicked Nights/ Noites Perversas, da série "Angels of the Dark". Decisões de gestão, presumo. Nada contra... apenas a opinião de que o livro é, de facto, engraçado mas, não é nada de especial quando o comparamos com outros da mesma autora.

Tal como é referido, no Algodão Doce para o Cérebro, a Série Angels of the Dark  é um spin-off da Série Senhores do Submundo que conta as aventuras e desventuras dos Anjos, a começar pelo Zacharel que deu a sua contribuição para as dores de cabeça do Aeron (no The Darkest Passion/Paixão mais escura enquanto o Lysander andava a braços com uma Harpia louvada da breca).

Na minha opinião, os spin-offs normalmente têm um problema, que é o facto das personagens terem de ser fortes o suficiente para ganharem autonomia face à obra principal. Para se conseguir isto, um instrumento bastante utilizado é a chamada "participação especial", em que a malta vai à obra principal buscar uma ou outra personagem para aparecer na obra secundária. No fundo foi isto que a Gena Showalter fez ao escrever a pequena novela "The Darkest Angel ", no Heart of the Darkness e na antologia Dark Beginnings, que é sobre o Lysander e conta com a participação especial do Páris.

Como, regra geral, eu leio estes livros na versão original (i.e. em inglês), não sei se há ou não há tradução oficial para português mas se estamos a falar do livro "Noites Perversas", então temos de começar pelo principio que é: The Darkest Angel/O Anjo mais Sombrio (de acordo com uma tradução que encontrei aqui). 

Desta Série, o único livro que ainda não li foi o Burning Dawn, que é sobre o Thane mas está na minha lista... só que ainda não cheguei lá. 

Finalmente, têm a noção que eu não tinha planeado escrever nada disto hoje? Aliás, creio que esta semana ainda não escrevi sobre nada do que tinha planeado, o que torna tudo muito mais engraçado e divertido.

Por agora é tudo. Desejo-vos um excelente dia.  

As 5 coisas que mais adorei no The Darkest Craving/Desejo mais Sombrio - Livro 10

HRM, 13.08.13
Pois é verdade, uma pessoa estica, estica, estica mas o que é bom, normalmente, acaba depressa e depois temos de ficar à espera do próximo. Enfim, é a vida.
 
Como já tinha tido oportunidade de referir no post intitulado "The Darkest Craving (Sem trad. para português ainda) - Livro 10" (mas que tem tradução para português do brasil), o livro é sobre o Guardião do Desastre, Kane e se quiserem ler uma ou outra review é uma questão de pesquisarem no Google, porque já há imensas disponíveis por aí. Eu já li o livro, acho que está mesmo muito giro, inclusive creio que está até muito melhor do que o livro sobre o Paris (que é o The darkest seduction/ A sedução mais escura), e ficamos a conhecer muito melhor uma personagem que - tal como o próprio vai reiterando ao longo da sua história - é sempre deixada para trás por ser um desastre.
 
Neste décimo livro há cinco coisas que adorei em absoluto e desta vez vou mesmo hierarquiza-las porque têm uma ordem de preferência. Assim sendo, quais são estas 5 coisas que eu amei?


 
1º A descrição do quarto do Torin.
 
O Torin, o Guardião da doença, é - de longe - o meu menino favorito (ainda que logo seguido pelo William e pelo Paris). Foi marcado logo no primeiro livro, ia me dando uma sincope cardíaca quando quase lhe cortam a cabeça (o que me pôs a chamar nomes feios à autora), e desde então é o meu menino (não me perguntem porquê, não sei, eu só vejo qualidades no rapaz e espero que lhe arranjem uma mocinha à altura porque a cena de quase lhe cortarem a cabeça ainda me está um bocado atravessada na garganta!)... bom... adiante... a descrição do quarto do Torin apanhou-me um bocado de surpresa. Normalmente, a autora vai descrevendo os quartos de cada um dos personagens à medida que vai contando as histórias deles, mas nunca tinha sido muito específica acerca dos aposentos Torin. Sabíamos que havia computadores e tecnologia a dar com pau, mas pouco mais.
 
Confesso que eu pensava que, como o rapaz tem tanto cuidado com tudo o que faz por motivos inerentes ao seu demónio, ele era super-arrumadinho e organizadinho mas afinal não é bem assim. Não é arrumadinho, não é organizadinho e acreditem... não há nada que me deixe mais doida (no sentido de fula), do que ver garrafas de cerveja ou de outra coisa qualquer espalhadas pela mesa do computador e pelo chão. A roupa ainda vai, agora as garrafitas... tiram-me do sério. E como é que eu sei disto, perguntam-me vocês? Porque sou casada com um menino assim... e que por acaso também tem olhos verdes e tudo. Por isso, como podem ver, achei esta descrição estranhamente familiar.
 
2º O William.
 
Eu já concluí que é impossível não se gostar do Willy e portanto nem sequer vale a pena resistir-lhe. A descrição da relação de amor/ódio que ele tem com os 4 cavaleiros do apocalipse, que são "filhos" dele é absolutamente deliciosa. A forma como ele distorce tudo o que lhe dizem a seu favor é brilhante. O Kane chama Tinker Bell à sua namorada, o William chama-lhe Tinker Hell. O Kane diz que a sua namorada se chama Josephina, o William diz-lhe que se chama "Ivanna B. Withwilly" (Nota: não faço a menor ideia de como é que traduziram ou traduzirão estes trocadilhos da língua inglesa para o português, mas tenho a certeza absoluta que não é nada fácil). 
 
Por outro lado, sabemos também - desde o 2º livro - que o William é uma personagem altamente inteligente e que por trás de todas as suas brincadeiras e comportamento egoísta, ele tem um bom coração e faz o que pode para ajudar. Mais para o final do livro, ficamos a conhecer um William transtornado e dilacerado por perder a sua "filha" (que é um dos 4 cavaleiros do apocalipse). Isto causa alguma impressão porque nos mostra um William a que nós não estamos habituados e ficamos um bocado de boca aberta sem saber o que dizer ou o que pensar.
 
3º O Kane.
 
O Kane é a estrela do livro. É uma estrelinha que nós praticamente não conhecemos até chegarmos a este episódio e devo-vos dizer que é uma pena, porque ele é - efectivamente - um querido e um fofo ainda que constantemente acompanhado pelo desastre. Ele é uma personagem que, por muito que goste dos seus amigos, guarda muito ressentimento por ser sempre aquele que é deixado para trás. Por um lado ele compreende por que é que é assim, mas isso não quer dizer que não se ressinta. É muito giro assistir à evolução desta personagem e digo mais, é uma personagem muito bonita e extraordinariamente interessante.
 
4º Da aflição do Torin.
 
Ok, não é muito bonito a malta dizer que gosta da aflição dos outros mas eu sou portuguesa e como nós abrimos sempre excepções para tudo, para quê contrariar a natureza?
 
No livro 9 - The Darkest Seduction / A sedução mais escura - este meu fofo lindo faz um pacto com o Cronus (Nota: fazer pactos com quem quer que seja é sempre mau). O Torin guarda a chave do rei dos Titãs e em contrapartida o Cronus permite-lhe passar 24 horas com uma menina que o Torin possa tocar sem provocar uma pandemia. Ora qual é que é o problema disto? Como o rapaz passa mais tempo em frente ao computador do que, propriamente, a fazer outras coisas não leu as letrinhas miudinhas do contrato e o tiro saiu-lhe pela colatra. Ainda que o mundo esteja a salvo de uma pandemia provocada por esta coisinha linda, a rapariga não e isso deixa-o num grande desespero. E agora, para saber como é que isto vai acabar temos de esperar pelo próximo livro.
 
5º Dos 4 cavaleiros do apocalipse.
 
Por incrível que pareça, adorei os 4 cavaleiros do apocalipse. São 3 meninos e 1 menina lindíssimos apesar de mentalmente pouco sãos. Enfim, todos temos os nossos problemas e eles lá terão os deles. São eles: O vermelho, o preto, o verde e a branca. Se preferirem o Kane chama-lhes "rainbow rejects" e são os miúdos do William. São infantilmente cruéis mas, adoráveis e a relação deles com o "pai" é giríssima. Espero sinceramente que continuem a aparecer.
 
E pronto. Estas são as minhas 5 coisas favoritas acerca deste livro. Agora, não há outro remédio senão ficar à espera do próximo.      

Os anjinhos safados de Gena

HRM, 07.08.13
Tinha-me prometido a mim mesma que só escreveria um post por dia mas, normalmente, as coisas não funcionam assim quanto mais não seja pelo desafio de infringir as regras que nós próprias colocamos. Para além disso o universo desta autora é tão interessante que, quando damos por nós, andamos por aí a explorar.
 
No post intitulado A saga "Lords of Underworld" (Senhores do Submundo), falei-vos basicamente da história e das personagens principais desta saga. No entanto existem outras personagens que, não sendo as estrelas do pelotão, acabam por ter tanta força que dão origem a spin-offs. Por outras palavras, ganham o direito a serem os protagonistas dos seus próprios livros.
 
É isto que acontece a Lysander e Zacharel, dois anjos que aparecem como personagens secundárias na Saga dos Senhores do Submundo. O Lysander aparece em, quase, todo o seu esplendor no quinto livro da Saga sobre o Aeron (The Darkest Passion / A Paixão mais obscura) e depois vai aparecendo esporadicamente nos livros seguintes. O Zacharel aparece a partir do sétimo livro da Saga sobre Amun, o Guardião do segredo (The Darkest Secret/ O segredo mais escuro).
 
Também como já tinha referido anteriormente, entre a história sobre o Guardião da Dúvida (Sabin) e a história sobre o Guardião da Raiva (Aeron), surge uma compilação de histórias designada por "Heart of Darkness" que inclui uma novela sobre o Lysander e que se chama "The Darkest Angel". Esta pequena novela é o que vai dar o pontapé de saída para a colecção  Angels of the Dark / Anjos da Escuridão, cujo primeiro livro se chama Wicked Nights / Noites Perversas.
 
 
O livro Wicked Nights/ Noites Perversas, versa exclusivamente sobre a história de Zacharel e conta com a participação especial de alguns dos Senhores do Submundo, como por exemplo, Paris (o Guardião da Promiscuidade) que vai em auxílio do anjo quando a situação surge (os meus meninos são uns fofos, sempre a ajudar o próximo).
 
Pessoalmente, gostei bastante deste livro. A história está engraçada, as personagens estão bem concebidas e ficamos a conhecer mais um anjinho mesmo à beirinha de ficar com as suas asinhas de passarinho transformadas em asinhas de morcego. É claro que prefiro - de longe - a Saga dos Senhores do Submundo dada a minha fraca inclinação para criaturas angelicais com a mania de que são o presidente da junta, mas o facto de estarmos a lidar com anjinhos safados ameniza um pouco aquela terrível sensação de perfeição celestial que põe qualquer um com pele de galinha... eu sou mais pela morcegada civilizada e pela turma das caveirinhas q.b.
 
O segundo livro desta série, chama-se Beauty Awakened / Beleza Despertada e conta a história de Koldo, o anjinho desasado... literalmente... que faz parte do exército mais-ou-menos celestial de Zacharel. O Koldo é uma personagem gira que aparece logo no primeiro livro desta série e é uma personagem gira porquê? Bom, desde logo porque é um anjinho literalmente desasado, com direito a estacionar o carro no lugar dos deficientes e com prioridade nas filas dos supermercados e depois porque por ser desasado (ou por o terem desasado, neste caso), está consumido por um desejo de vingança. Assim sendo, só pelo simples facto de estarmos perante uma personagem diferente e com um sentimento tão humano, para mim já é uma mais valia. Resta saber como é que a autora explora a personagem.
 
Ainda não li o livro, mas já o tenho no meu Kobo em lista de espera, para começar a ler depois de terminar o The Darkest Craving.
 
Estou certa que esta é uma daquelas séries que irá continuar até porque - neste exército mais-ou-menos celestial - há mais personagens perturbadas, ou melhor... há mais anjinhos safados... e de que maneira.  
  

Personagens masculinas - Os meus "Senhores" favoritos

HRM, 02.08.13
Bom, esta foi sem dúvida uma decisão difícil que requereu alguma ponderação. Foi mais fácil decidir quais eram as minhas personagens femininas favoritas do que as masculinas.
 
Entre os 12 Senhores do Submundo e mais uns tantos complementos acessórios, confesso que tive alguma dificuldade em escolher... é uma sensação muito semelhante àquela de quando vamos às compras com um orçamento limitado. Vemos uma enorme quantidade de roupa, sapatos e malas, cada uma mais gira do que a outra, pegamos nelas, fazemos-lhes festinhas, damos-lhes beijinhos e até ronronamos mas... não temos dinheiro para levar tudo. Por um lado é absolutamente frustrante, por outro lado obriga-nos a focar naquilo que realmente queremos ou precisamos.
 
Por isso, escolher os meus meninos favoritos foi um drama algo semelhante e neste sentido, acabei por escolher 3 mas não lhes vou dar uma prioridade tipo, 1º, 2º ou 3º lugar. Estes 3 estão em pé de igualdade.
 
Logo desde o início da saga uma das minhas personagens favoritas foi Torin, o Guardião da doença. Um rapaz de cabelito branco, comprido (que surpresa!!!...) e de olhito verde, que - dada a natureza do seu demónio - não pode tocar em ninguém sob pena de despoletar uma epidemia de peste negra (o que, como devem calcular, deve ser um pouco desagradável). Como pouco mais pode fazer (ou não...), é um geek de computadores com um sentido de humor extraordinário e muito dedicado ao sarcasmo (qualidade que, na minha óptica, é sempre algo fantástico e admirável). Durante muito tempo, o Torin foi a minha única personagem favorita mas á medida que as aventuras se iam desenrolando houve outra personagem que, no início confesso que achei que era demasiado óbvio e vulgar mas, me foi chamando a atenção.
 
Paris, o Guardião da promiscuidade. Um mocito, alto, forte e espadaúdo de cabelo em vários tons de castanho e preto, comprido (olha, mais uma surpresa!!!) e olhito azul, que - dada a natureza do seu demónio - não pode dormir (ah ah ah... dormir), com a mesma mulher duas vezes. Confesso que no início achei-o demasiado básico e com muito pouco para oferecer. O típico menino bonito, desejado por todos os homens e mulheres, blá blá blá vamos meter o dedo na garganta e vomitar... mas efectivamente  o meu julgamento foi precipitado. À medida que o fui conhecendo melhor mudei radicalmente de opinião. Acabamos por descobrir que, por causa do que é, o rapaz tem uma personalidade perturbada e embora todos eles tenham uma personalidade perturbada, a forma como ele é capaz ou incapaz de lidar com as coisas que tem de fazer para sobreviver dá-lhe uma fragilidade que é absolutamente adorável.
 
Finalmente, a minha última personagem masculina favorita é William. O William não é um dos Senhores do Submundo, nem está possuído por nenhum demónio. É um imortal, amigo de Anya (a Deusa da Anarquia, também gosto muito dela mas gosto mais das harpias), que aparece logo no segundo livro. É mais um rapazito jeitoso, de olhito azul e cabelo escuro e... comprido... :))). É também irmão de Lúcifer, criou os 4 cavaleiros do apocalipse e é um mulherengo, muito capaz de competir com Paris. Não há palavras para descrever esta personagem. É absolutamente genial e domina a arte do sarcasmo como ninguém, tem tiradas simplesmente hilariantes e merecia ter um livro inteiramente dedicado a ele.
 
E pronto, estes são os meus três mosqueteiros. Quando quiserem partilhar os vossos, estejam à vontade.