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O Anãozinho de Jardim

Livros e Desvarios

O Anãozinho de Jardim

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Bestiário do Fantástico - Fadas

HRM, 27.08.15
Ilustração disponível em BYGu
 
 
A fada é um ser do mundo fantástico, presente nos mitoscélticos, anglo-saxões, germânicos e nórdicos.
O primeiro autor que mencionou as fadas foi Pompónio Mela,um geógrafo que viveu durante o século I AD.
As fadas não são o feminino dos elfos. Esse mito surgiu pelofacto de a Deusa Grian a rainha dos elfos, e a Deusa Aine a rainha das fadasserem irmãs. No entanto elas nunca se encontravam, Grian e Aine alternavam-sena regência do ciclo solar na Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício.Sendo assim elfos e fadas não tem nenhum relacionamento direto.

O termo "Fada" é usado tanto para fadas do sexomasculino, como para fadas do sexo feminino incorporando-se na cultura ocidentala partir dos "contos de fadas". Neste género de histórias, as fadas sãorepresentadas de forma semelhante à versão clássica dos elfos de J.R.R.Tolkien, porém tinham asas de libélula as costas e usavam uma "varinha decondão" para fazer encantamentos.
Dependendo da obra em que aparece, a fada pode ser retratadacom a estatura de uma mulher normal ou como um ser diminuto.
O escritor inglês JosephRitson, na sua dissertação On Faries,definiu as fadas como uma espécie de seres parcialmente materiais, parcialmenteespirituais, com o poder de mudarem a sua aparência e de, conforme a suavontade, serem visíveis ou invisíveis para os seres humanos.
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Fonte: Wikipedia

Bestiário do Fantástico - Banshee

HRM, 25.08.15
ilustração por Rebecca Roske

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O termo tem origem no irlandês arcaico "Ben Síde",sendo que no irlandês moderno "Bean sídhe" ou "bean sí",significa algo como "fada mulher" (onde Bean significa mulher, eSidhe, é a forma possessiva de fada). Os Sídh são entidades oriundas dasdivindades pré-cristãs gaélicas e podemos encontrar algumas semelhanças entre aBanshee e a Moura encantada portuguesa e galega.

As banshee provêm da família das fadas, e é a forma maisobscura delas. Quando alguém avistava uma Banshee sabia que seu fim estavapróximo: os dias restantes de sua vida podiam ser contados pelos gritos daBanshee: cada grito era um dia de vida e, se apenas um grito fosse ouvido,naquela mesma noite estaria morto.




Tradicionalmente, quando uma pessoa de uma aldeia irlandesamorria, uma mulher era designada para chorar no funeral. Em português usamos apalavra carpideira. No entanto, as banshees só podiam lamentar para as cincomaiores famílias irlandesas e uma fada era sempre responsável por cada família.Essas mulheres-fadas apareceriam sempre após a morte para chorar no funeral.Conta a lenda que sempre que um membro de uma dessas famílias morria longe desua terra, o gemido da Banshee seria o primeiro aviso da morte.

 
Também se diz que essas mulheres, seriam fantasmas, talvez oespírito de uma mulher assassinada ou uma mulher que morreu ao nascer. NaIrlanda acredita-se que aqueles que possuem o dom da música e do canto, sãoprotegidos pelos espíritos; um, o Espírito da Vida, que é a profecia, cujaspessoas são chamadas "fey" e têm o dom da Visão; o outro, o Espíritoda Maldição que revela os segredos da má sorte e da morte e para essa trágicamensageira o nome é Banshee.

Sejam quais forem suas origens, as banshees aparecemprincipalmente sob um dos três disfarces: uma jovem, uma mulher ou uma pessoaesfarrapada. Isso representa o aspecto tríplice da deusa Celta da guerra e damorte, chamada Morrigan. Esta, usa normalmente uma capa com capuz cinza, ou umaroupa esvoaçante ou uma mortalha. Também pode surgir como uma lavadeira, e évista lavando roupas sujas de sangue daqueles que irão morrer. Nesse disfarceela é conhecida como bean-nighe (a lavadeira). Segundo a mitologia celta,também pode aparecer em forma de uma jovem e bela mulher, ou mesmo de uma velharepugnante. Qualquer que seja a forma, porém, sua face é sempre muito pálidacomo a morte, e seus cabelos por vezes são negros como a noite ou ruivos como osol.

O gemido da Banshee é um som especialmente triste que pareceo som melancólico do uivo do vento e tem o tom da voz humana além de seraudível a grande distância.

Existem inúmeros registos de diversas banshees humanas ouprofetizas que atendiam às grandes casas da Irlanda e às cortes dos reislocais. Em algumas partes de Leinster, referem-se a elas como bean chaointe (carpideira) cujo lamentopodia ser tão agudo que quebrava os vidros.

A banshee pertence exclusivamente ao povo Celta. Ela jamaisserá ouvida a anunciar a morte de qualquer membro de outras etnias que compõema população irlandesa.

 A banshee também pode aparecer de várias outras formas, comoum corvo, um arminho, uma lebre ou uma doninha – animais associados, na Irlandaà bruxaria.

 Seus traços mais característicos são seus olhos, que setornaram cor de fogo após séculos de choro e lamento pelas pessoas que tantoamaram em suas vidas terrenas. Descritos comumente como mulheres altas,esqueléticas, de cabelos brancos escorridos, usam geralmente um vestido verdecoberto por um manto cinzento, com capuz. Às vezes, porém, podem aparecer naforma de uma mulher pequena e velha, ou de uma jovem belíssima, de cabelosdourados ou negros e de roupa vermelha.

Também existem banshees do sexo masculino. Estes sãocaracterizados por uma rara beleza, delicados e corpo magro. Cabelos lourocastanho , na altura dos ombros com caracóis nas pontas. Tem olhos verdes com umaleve camada amarelo castanho por dentro que representam toda a sua delicadeza. Olhossão contornados por uma forte linha preta.

Banshees masculinos tem tendência a se apaixonar por outrasbanshees de pele pálida,magras e cabelos negros ou castanhos. As habilidadesdos banshees masculinos podem se manifestar aos 13 anos.No início sabe-se queeles podem "pressentir assassinatos" e inconsequentemente vão até olocal. Tem um grito agudo que pode ser ouvido por qualquer pessoa e podemescutar sons produzidos por maus espíritos até saber sua determinadalocalização.
 

Bestiário do Fantástico - Dragões

HRM, 24.08.15
 
Dragões
 
By Anne Stokes

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Dragões são criaturas presentes na mitologia de diversospovos e civilizações. São representados como animais de grandes dimensões,normalmente de aspecto reptiliano (semelhantes a grandes lagartos ouserpentes), muitas vezes com asas, plumas, poderes mágicos e hálito de fogo. Apalavra dragão é originária do termo grego drakôn,usado para definir grandes serpentes.
 
Em vários mitos são apresentados literalmente como grandesserpentes, como eram inclusive a maioria dos primeiros dragões mitológicos. Avariedade de dragões existentes em histórias e mitos é enorme, abrangendo criaturasbem mais diversificadas. Apesar de serem presença comum no folclore de povostão distantes como chineses ou europeus, os dragões assumem, em cada cultura,uma função e uma simbologia diferentes, podendo ser fontes sobrenaturais desabedoria e força, ou simplesmente bestas destruidoras.

Os Dragões são provavelmente uma das primeiras manifestaçõesculturais ou mito criados pela humanidade.
 
Muito se discute a respeito do que poderia ter dado origemaos mitos sobre dragões em diversos lugares do mundo. Em geral, acredita-se quepossam ter surgido da observação pelos povos antigos de fósseis de dinossaurose outras grandes criaturas, como baleias, crocodilos ou rinocerontes, tomadospor eles como ossos de dragões.
 
Por terem formas relativamente grandes é frequente estascriaturas aparecerem como adversários mitológicos de heróis lendários ou deusesem grandes contos épicos que relatados pelos povos antigos, mas esta não é asituação em todos os mitos onde estão presentes. É comum também que sejamresponsáveis por diversas tarefas míticas, como a sustentação do mundo ou ocontrole de fenômenos climáticos. Em qualquer forma, e em qualquer papelmítico, no entanto, os dragões estão presentes em milhares de culturas ao redordo mundo.
 
As mais antigas representações mitológicas de criaturasconsideradas como dragões são datadas de aproximadamente 40.000 a. C., empinturas rupestres de aborígenes pré-históricos na Austrália. Pelo que se sabea respeito, comparando com mitos semelhantes de povos mais contemporâneos, jáque não há registro escrito a respeito, tais dragões provavelmente eramreverenciados como deuses, responsáveis pela criação do mundo, e eram vistos deforma positiva pelo povo.
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Fonte: Wikipédia

Bestiário do Fantástico - Hárpias

HRM, 21.08.15
Hárpias
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Harpia, by  QuyZone.deviantar

As harpias são criaturas da provenientes da mitologia grega e são frequentemente representadas com corpo de aves de rapina, rosto de mulher e seios, para distrair os homens mais imprudentes e inadvertidos. Reza a lenda que tais criaturas voavam a grande velocidade, possuíam uma visão mais apurada que a das águias e eram capazes de cortar um homem ao meio com suas poderosas garras.

Na história de Jasão, diz-se que as harpias foram criadas pelo próprio Zeus, que queria fazer o malvado Rei trácio Fineu pagar por seus erros. Por isso além de  o cegar, Zeus enviou as Harpias para lhe roubarem a comida e todas as refeições.
Na Eneida, Eneias e seus companheiros - depois da queda de Troia, na viagem em direção à Itália - pararam na ilha das Harpias; mataram animais dos rebanhos delas, atacaram-nas quando elas roubaram as carnes e ouviram de uma das Harpias terríveis profecias a respeito do resto da sua viagem.

Outras lendas falam das Harpias como criaturas malditas, belas e terríveis, que se alimentam de tudo  e possuem poder para aniquilar um pequeno exército nalguns instantes.

Bestiário do Fantástico - Unicórnios

HRM, 20.08.15

Unicórnios??
Sunrise by Cobravenom no Tumblr
 
Os unicórnios, também conhecidos como licórnios ou licornes, são animais mitológicos que têm a forma de um cavalo, geralmente branco, com um único chifre em espiral.

Sua imagem está associada à pureza e à força. Segundo as narrativas são seres dóceis; porém são as mulheres virgens que têm mais facilidade para tocá-los.

Considerado um equino fabuloso benéfico, com um grande corno na cabeça, o unicórnio entra nos bestiários em associação à virgindade, já que o mito compreende que o único ser capaz de domar um unicórnio é uma donzela pura. Leonardo da Vinci escreveu o seguinte sobre o unicórnio:

"O unicórnio, através da sua intemperança e incapacidade de se dominar, e devido ao deleite que as donzelas lhe proporcionam, esquece a sua ferocidade e selvajaria. Ele põe de parte a desconfiança, aproxima-se da donzela sentada e adormece no seu regaço. Assim os caçadores conseguem caçá-lo."
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Fonte: Wikipédia

A Ilíada (Homero) - Versão PDF

HRM, 01.01.15
E para começarmos 2015 em grande, disponibilizo-vos um dos meus livros favoritos: A Ilíada, do autor grego Homero.
 
Ao longo de 24 capítulos (neste caso Livros) o autor dá-nos conta dos trágicos acontecimentos da Guerra de Tróia, desencadeada pelo rapto de Helena. 
 
Este livro é um dos principais culpados pela minha obsessão pela antiguidade clássica, principalmente a grega, no que respeita à Guerra de Tróia, ao mito das Amazonas e à Mitologia Grega em geral (Deuses, semi-deuses e heróis, incluindo o respetivo bestiário).  
 
A versão que vos disponibilizo está em formato PDF (se quiserem posso converter para outro) e está em língua portuguesa (Brasil). Para descarregarem é só clicar na imagem.
 
 
https://drive.google.com/file/d/0BykY59oicl5vZXpyTWRyRFF6WEE/view?usp=sharing
Clicar na imagem para Download
   

Sobre as origens do nome do blogue

HRM, 29.12.14
À laia de resposta à pergunta que já muitos me fizeram sobre o nome deste blogue, a resposta é simples;  nome deste blogue é inspirado no filme "Le fabuleux destin d'Amélie Poulain", e depois de uma ida ao El Corte Inglês.

Na altura haviam uma série de anõezinhos de jardim espalhados lá pela secção de jardinagem, que - depois de ter visto o filme - me deram uma enorme vontade de rir. 

Posteriormente também cheguei à conclusão que gostava desta aculturação nórdica proporcionada pelo folclore escandinavo onde se incluem, também, estes anõezinhos.




Anjos e Demónios - Parte II: Samael

HRM, 24.05.13


Nas minhas, muito curtas, pesquisas sobre estas coisas de anjos, demónios, paraísos e coisas afins descobri que a Lilith se enrolou com o arcanjo Samael, por sinal, personagem bem mais interessante do que o Adão (pelo menos a julgar pela interpretação gráfica do dito, aqui à esquerda, confesso que compreendo perfeitamente o enrolamento) e ainda por cima, apetrechado com um belo par de asas (sim, porque nestas coisas é sempre positivo quando as criaturas vêm bem apetrechadas... com asas, obviamente).
 
Da rapariga, não tenho nada a dizer, excepto que demonstrou ter um excelente gosto e que bom para ela que não era alérgica a penas, porque se fosse a relação poderia ter sido bem mais complicada (já imaginaram se o Criador a tivesse castigado assim: "Ah e tal, portaste-te mal agora PIMBAS!... vais ser alérgica a penas", era o fim da macacada). Bom, mas adelante rocinante que o anãozinho aqui quer é falar deste rapaz. 
 
Em relação a este moço, de tudo o que tive oportunidade de ler, concluí pelo menos duas coisas:
 
1) que a doutrina diverge e diverge bastante consoante a religião em causa;
2) que o rapaz tem mais alter egos do que eu tenho personagens no Warcraft (e acreditem que eu tenho muitas).
 
No entanto, de uma forma ou outra, existe alguma convergência num ponto. Samael é caracterizado como o anjo caído. Caiu, não porque se enrolou com a Lilith (até porque cada um enrola-se com quem quer), mas porque desafiou a autoridade estabelecida. Trocando por palavras mais correntes do nosso dia a dia, era o revolucionário lá do sítio que resolveu contestar os poderes instalados.
 
Ora bem, não compete julgar as razões que levaram este arcanjo a tomar tal decisão, desde logo porque são motivos que vão ser sempre associados ou a uma crença religiosa ou à eterna luta do Bem versus Mal mesmo que eu os despoje de todo e qualquer elemento que possa conduzir a um juízo de valor. Assim, adoptando um ponto de vista bastante mais prático, se ele achou que se devia rebelar foi porque achou que havia qualquer coisa que não estava a correr bem e a paciência tem os seus limites.
 
No fim, foi o tipo que perdeu e como a história é sempre escrita pelos vencedores, obviamente, que os perdedores nunca podem sair bem na fotografia independentemente da validade (ou não) dos seus motivos. Como calculam, é sempre muito mais fácil rotular transgressores do que tentar compreender as causas da transgressão.
 
Pessoalmente, é uma personagem que me fascina, não por aquilo que é, ou que dizem que é mas pelo facto de existir muito pouco consenso acerca dele e normalmente quando isto acontece, significa que há um gato escondido com o rabo de fora.  
 

Anjos e Demónios - parte I: Lilith

HRM, 23.05.13
Como não-baptizada que sou, tenho uma perspectiva muito própria da religião. Aliás, é uma perspectiva tão própria que - se ainda vivêssemos em tempos idos - eu devia ter a cara escarrapachada em todos os cartazes, de todas as religiões, a dizer: "Procura-se viva ou morta, de preferência morta para não dar trabalho".
 
Esclarecendo brevemente a minha posição religiosa, abomino e desprezo toda e qualquer religião que não defenda a igualdade de géneros e que perpétue a ideia da submissão feminina ao masculino. Para mim, todos os princípios que assentem nesta perspectiva submissão e subserviência, não só, não devem ser respeitados, como também, devem ser combatidos. Em relação a este aspecto em particular, a única coisa que poderão - eventualmente - esperar da minha pessoa é uma espécie de tolerância limitada. Se não me tentarem impingir a história da carochinha, eu também não chamarei ninguém de hipócrita. Assim sendo, como já poderão imaginar, as grandes religiões como o cristianismo, islamismo ou judaísmo estão completamente riscadas do meu livrinho porque logo de início, a histórinha começa mal.
Então, como é que começa a história? Bom, a histórinha começa com o Adão e a Eva no jardim do paraíso... PÁRA TUDO!!!... "Rewind"... A histórinha, na realidade, começa com o Adão e a Lilith no jardim do paraíso, ambos construídos do mesmo barro/terra ou "whatever" e a vidinha até corria bem ao nosso jovem casal, porque no jardim onde viviam não tinham um troll como Ministro das Finanças e a taxa de desemprego não estava nos 18%. No entanto, como nada na vida é perfeito, o Adão - inconformado com a recusa de Lilith em se submeter ao seu domínio (grande gaja! Afinfa-lhe) - foi fazer queixinhas a Deus, o que - note-se - revela uma grande maturidade por parte do Adão. Ao primeiro arrufo de casal, vai a correr para casa do pai fazer queixinhas. Depois, vêm uns tipos e escrevem umas coisas a dizer: "Ah e tal, coitadinho do Adão, a mulher fugiu". Fugiu??... E fugiu muito bem. Muita sorte teve o Adão em lhe aparecer uma Lilith pela frente, porque se fosse outra qualquer tinha-lhe dado um pontapé nos túbaros e arrumava-se de vez a questão.
 
Mas, não... Foi fazer queixinhas ao pai... Compadecido pelas dores do filho - o pobrezinho - lá de uma costelita do Adão, Deus resolveu criar uma nova namorada para o rapaz e chamou-lhe Eva. Uma "piquena" muito mais prendada, muito mais querida, muito mais fofa e de longe, muito mais submissa  que a anterior.
 
Agora é assim, na boa, relações a três só funcionam quando os três querem e têm disponibilidade mental para aceitar tal situação e neste triângulo amoroso, não me parece que os personagens tivessem abertura para tanto. Daí que a Lilith ficou zangada (e com alguma razão), e os outros dois marmelos lá andavam na sua vidinha estúpida até a Eva morder a maçã (bem feita! E se tivesse sido como na Branca de Neve, marrava com os cornos no chão e tinha ficado a dormir).
 
Bom, mas resumindo esta coisada toda, a Lilith foi banida e - basicamente - demonizada porque se recusou a ser submissa e os outros dois patêgos, acabaram por ser expulsos do jardim do paraíso porque a Eva mordeu a maçã. Mais uma vez, se o nosso querido Adão já tinha sido coitadinho antes, é coitadinho novamente porque a culpa da cena da maçã foi da Eva. O Adãozinho, coitadinho, pobrezinho, não fez nada. Não... foi a correr para o pai, fazer queixinhas e pedir uma namorada nova, mas na boa... o coitadinho não teve culpa de nada.
 
Portanto... só para concluir... há por aí umas religiões que dizem basicamente isto: «Submetam-se a gajos que vão a correr fazer queixinhas ao pai quando a relação corre mal". Fantástico... muito bom... hmmm, hmmm... é que há sociedades inteiras construídas com base nisto. É mesmo muito bom.        

Curiosidades sobre os anõezinhos de jardim

HRM, 16.05.13
Desenganem-se aqueles que pensam que os anõezinhos de jardim são um conceito importado da mitologia nórdica.
 
Na mitologia europeia, mais concretamente na Península Ibérica, estes pequenitos são conhecidos por duendes, cujas características variam um pouco por Portugal e Espanha.
 
Os duendes são pequenos seres encantados, marcadamente domésticos que gostam de pregar partidas. Diz também o mito, que os duendes são aqueles que tomam conta de um pote de ouro no fim do arco-iris.
 
Os nossos anõezinhos são da mesma família dos Brownies Escoceses, dos Nisse Dinamarqueses/Noruegueses, dos Nain Rouge Franceses, dos Tomte Suecos, dos Leprechauns Irlandeses e dos Trasgos Galego-Portugueses.     
 
Na mitologia Portuguesa os duendes mais conhecidos são:
 
- O Fradinho da mão furada: um ser que tanto concede favores e benefícios como engana e prega partidas. Usa um barrete encarnado e entra nos quartos pelo buraco das fechaduras das portas.
 
 
"Uns me chamam Diabinho da Mão Furada e outros Fradidinho, por alguns de nós termos as mãos tão rotas de liberalidades, que em muitas casas onde andamos fazemos ferver o mel, crecer o azeite, aumentar-se os bens, lograrem-se felicidades e, sobretudo, quando no-lo merecem com a boa companhia que nos fazem, descobrimos tesouros escondidos aos donos das casas em que andamos." - in Obras do Diabinho da Mão furada - Obra anónima do séc. XVIII.
 
- Zanganitos: Muito semelhantes aos Trasgos, que vivem dentro de casa e fazem tropelias. São pequenitos, usam gorros vermelhos e têm poderes sobrenaturais. São estes pequenos seres encantados os responsáveis por mudarem os objectos de lugar.
 
 
Nas sociedades modernas, os Trasgos - apesar de serem semelhantes aos gnomos ou elfos da mitologia nórdica - acabam por ser desconhecidos porque fazem parte de uma cultura popular, estritamente oral, que sempre foi subalternizada pelas sociedades mediáticas.  ?