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O Anãozinho de Jardim

Livros e Desvarios

O Anãozinho de Jardim

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The Darkest Craving (Sem trad. para português ainda) - Livro 10

HRM, 07.08.13
Ora bem, ontem comecei a ler o décimo livro desta saga. Ainda não deu para avançar muito na leitura mas, pelo que já pude ler, parece que promete.
 
Este "episódio" versa sobre a história de Kane, o Guardião do Desastre e então quem é este pobre coitado? Bom, este "piqueno" de 1,93 m, com um cabelo que varia entre o preto e o castanho com umas madeixas douradas, e com uns olhitos cor de avelã é o desastre em pessoa.
 
Os amigos, não querendo propriamente fugir dele mas, vá, fugindo relegam-no quase sempre para segundo plano dada a natureza desastrosa do seu demónio. Por norma, onde este rapaz se encontra, coisas más acontecem. É uma espécie de íman de catástrofes. Faz-me lembrar muito o melhor amigo do meu marido que, é um excelente rapaz mas, pelos deuses... com ele por perto nada nem ninguém está a salvo.

 
Por vezes, dou comigo a pensar se a autora destes livros terá tido oportunidade de conhecer e conviver com o Mikko porque, efectivamente, esta natureza assenta-lhe como uma luva. É verdade que o Mikko não tem 1,93 m (deve ter, para aí, menos 10 cm) e é loirinho, de olhos azuis, também não tem sotaque húngaro... bom mas se for por uma questão de sotaque, assim como assim, o finlandês tem uma raiz fino-úgrica tal como o húngaro e por isso joga tudo em casa. No meio disto tudo, o resto encaixa-se perfeitamente. Acreditem, se há alguém extremamente competente para encarnar o Guardião do Desastre, esse alguém é o Mikko.
 
Cada vez que o via entrar pela porta adentro, eu já jogava as mãos à cabeça - aterrorizada - antecipando a série sucessiva de desastres que vinham com ele. Copos de vidro, deixei de lhe passar para as mãos porque a taxa de sobrevivência (do copo) era mínima. Passei a dar-lhe só copos de plástico... é que não estão bem a ver a cena, nem aqueles copos de vidro grosso que parecem que são a prova de bala, sobreviveram... ou melhor, sobreviveu um porque o integrei num programa de protecção de testemunhas, por outras palavras, escondi-o. Outras coisas, como dois quadros, os estores da sala, os pratos, etc... não tiveram tanta sorte e foram acidentalmente assassinados. Tantas vezes que o coitadinho se oferecia para ajudar na cozinha, mas convenhamos... as cozinhas são locais altamente perigosos para pessoas com este género de tendências. Estoicamente eu resistia, pedindo-lhe apenas para ele se sentar, quietinho... não mexe, não fala, não nada! Sair com ele era uma daquelas aventuras de andar com o coração nas mãos, porque nunca se sabia o que é que ia acontecer. Tirando estes pequenos detalhes, ele é uma joia de rapaz, um querido e um fofo... mas coitadinha daquela que for sua namorada, vai ter de andar vestida com uma armadura - tipo polícia de choque - para sua própria segurança.  
 
Por isso estão a ver, dada a minha experiência, compreendo e simpatizo muito com os argumentos dos restantes Guardiões ao preferirem não estar perto do Desastre apesar de o adorarem. Todavia, também sei que é muito difícil gerir este tipo de situações. A história do Kane é como a historia do Mikko na cozinha. Ele é um fofo e quer ajudar, nós precisamos ajuda mas sabemos que se a aceitarmos acidentes vão acontecer. É terrível.

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